O Brasil ocupa a 81ª posição no ranking mundial de proficiência em inglês, sendo classificado como de baixa proficiência. Países com menor expressão global, como Suriname, Honduras e Gana, estão à frente do Brasil na classificação. O domínio do inglês segue como um fator determinante para oportunidades no mercado de trabalho e no desenvolvimento econômico.
A proficiência em inglês no mundo está em declínio pelo quarto ano consecutivo, segundo o EF English Proficiency Index 2024. O Brasil, que já enfrentava dificuldades no aprendizado da língua, sofreu uma queda significativa de 11 posições, passando da 70ª posição em 2023 para o 81º lugar em 2024. Com essa piora, o país agora se encontra na categoria de baixa proficiência.
O levantamento, baseado na análise de testes de inglês realizados por 2,1 milhões de adultos em 2023, revela que 60% dos países tiveram queda nos seus índices, indicando uma possível redução no interesse pelo aprimoramento do idioma. Entre os países latino-americanos, Brasil, El Salvador e Cuba registraram as maiores quedas, perdendo mais de 10 pontos na comparação com o ano anterior.
Brasil atrás de países menos expressivos
Embora o Brasil tenha um dos maiores mercados e economias da América Latina, seu desempenho no inglês está abaixo de países como Suriname (27º), Honduras (33º) e Gana (41º). Esses países, com menos influência econômica e populacional, conseguiram melhores classificações no ranking, mostrando que o domínio do inglês não está diretamente ligado ao tamanho da economia, mas sim a políticas educacionais e incentivos ao aprendizado da língua.
Além disso, na América Latina, países como Argentina (28º), Uruguai (36º) e Paraguai (45º) seguem apresentando um desempenho superior ao Brasil. Isso reforça a necessidade de investimentos mais eficazes em educação bilíngue e na capacitação profissional para ampliar a competitividade global dos brasileiros.
Impacto na economia e no mercado de trabalho
O inglês é um diferencial competitivo essencial no mercado globalizado. Empresas multinacionais exigem profissionais fluentes no idioma para posições estratégicas, e a falta de domínio pode limitar oportunidades de carreira e crescimento profissional. O relatório destaca que a baixa proficiência impacta diretamente a produtividade, a comunicação no ambiente de trabalho e até mesmo a capacidade de inovação de um país.
Enquanto o setor privado já adota o inglês como critério em muitas contratações, o setor público ainda apresenta um nível de proficiência muito inferior, o que pode limitar o acesso a parcerias internacionais e o desenvolvimento de projetos globais.
O que pode ser feito para reverter esse cenário?
O Brasil precisa investir em políticas educacionais que estimulem o ensino de inglês desde a infância, além de programas de capacitação para profissionais. O uso de tecnologias como aplicativos, cursos online e intercâmbios virtuais também pode ser uma alternativa acessível para aumentar a proficiência no país.
Se o Brasil deseja se posicionar melhor no cenário global e oferecer mais oportunidades para seus cidadãos, a melhoria na fluência do inglês deve ser uma prioridade.
Para visualizar o relatório completo acesse esse link.