A Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou mudanças em sua política de checagem de fatos nesta terça-feira, com o objetivo de promover a liberdade de expressão. De acordo com Mark Zuckerberg, CEO da Meta, o programa de verificação de fatos que operava no Facebook, Instagram e Trends será substituído por um novo sistema de “notas de comunidade”, inspirado no que é feito pelo X (antigo Twitter).
Zuckerberg afirmou que a proposta visa retornar às raízes da liberdade de expressão, simplificando a forma como o conteúdo é classificado e focando na redução de erros na moderação. “É hora de voltarmos às nossas raízes em torno da liberdade de expressão. Estamos substituindo os verificadores de fatos por notas de comunidade, simplificando nossas políticas e nos concentrando na redução de erros. Ansioso por esse próximo capítulo”, declarou o CEO.
Segundo o executivo, o sistema de checagem chegou a um ponto em que há uma quantidade excessiva de erros e censura. Durante seu discurso, Zuckerberg também fez uma crítica à situação da democracia na América Latina: “Países da América Latina têm tribunais secretos que podem ordenar que empresas silenciosamente derrubem algumas coisas”, afirmou.
O CEO destacou ainda que os Estados Unidos possuem “proteções constitucionais mais fortes para a liberdade de expressão no mundo”, enquanto a Europa tem aprovado uma série de leis que impõem censura e dificultam a inovação no continente.
Parece que o “efeito Trump” tem gerado reações nas empresas, que, antes das eleições, faziam esforços para censurar candidatos e opiniões de direita. No entanto, após a vitória do republicano, muitas dessas empresas começaram a repensar suas posturas e a apoiar a liberdade de expressão.
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Foto de Capa: Alex Wong/Getty Images