Há quem diga que o atual presidente dos Estados Unidos Donald Trump não é um bom presidente, porém os números de empregos gerados em Agosto de 2018 mostram outro cenário para os trabalhadores americanos.
Isso porquê os empregadores americanos abriram 7.136 milhões de vagas sem que houvesse profissionais para ocupar os cargos, refletindo assim, um mercado de trabalho historicamente restrito que está fazendo com que algumas empresas se esforcem para encontrar trabalhadores.
Segundo o Departamento do Trabalho, o último dia útil do mês de Agosto de 2018 ficará marcado como um novo recorde, que não ocorria desde o ano de 2000.
O número de empregos disponíveis superaram o número de pessoas desempregadas em 902 mil, a maior lacuna no registro. Antes de Março, as vagas de emprego nunca haviam excedido o número de desempregados em mais de 17 anos de registros mensais.
O número de vagas aumentou em mais de um milhão, ou 18%, em relação à Agosto de 2017. O crescimento nas ofertas expandiu-se pouco antes da taxa de desemprego cair em Setembro para 3,7%, uma baixa de 49 anos. A última queda da taxa de desemprego ocorreu em 1969.
Empregadores estão ainda procurando por trabalhadores, e o potencial de contratação continua à cair”, disse Nick Bauer, economista do site de recrutamento Indeed. “Empregadores precisam competir com outros para preencher suas necessidades, uma boa oportunidade para os que estão à busca de emprego”.
O presidente Trump twitou o “incrível” número de vagas de emprego nessa terça-feira. “Surpreendente, está tudo funcionando!”, escreveu ele.
A demanda por mão de obra que supera a oferta apresenta alguns riscos para a economia dos EUA. Se as empresas não tiverem trabalhadores dsponíveis, as empresas podem não conseguir atender aos pedidos e concluir o trabalho a tempo, o que prejudicaria a produção mais ampla. E menos trabalhadores disponíveis significam que as empresas estão cada vez mais concorrendo umas contra as outras por talento, o que está causando um ganho salarial mais forte em certas indústrias e, em última análise, poderia alimentar uma inflação mais alta. Os funcionários da Reserva Federal podem responder à inflação com taxas de juros mais altas, o que aumenta os custos de empréstimos para as empresas.