O congresso dos Estados Unidos aprovou o projeto de $1.3 trilhões de dólares para o ano fiscal de 2018 que inclui o início da construção do muro fronteiriço com o México, sem mencionar os Dreamers, segundo reportou o EFE.
Sob a ameaça de um novo fechamento parcial administrativo, o Senado aprovou o orçamento com 65 votos a favor e 32 contra.
O orçamento foi aprovado hoje, 23 de Março, no congresso com suporte dos líderes democráticos e inclui $1.6 milhões de dólares para começar a construção do muro na fronteira sul com o México, um das obsessões do presidente. Trump pediu a liberação de $25 bilhões de dólares somente para a construção do muro.
O projeto estabelece restrições para os gastos destinados ao muro, incluindo o número de quilômetros que podem ser construídos ou onde ele pode ser localizado, determinando, por exemplo, que $251 mil devem ser usados para renovar a cerca dupla que já existe entre San Diego na Califórnia e Tijuana no México.
Além do muro, o acordo aprovado hoje não faz menção aos indocumentados conhecidos como Dreamers, ameaçado de deportação pelas políticas de imigração de Trump, embora os democratas tenham condicionado seu apoio ao orçamento, em troca de uma regularização para eles.
Com o favorável voto do senado, o projeto está pronto para homologação do presidente Trump, desde que a casa aprovou isso na Quinta-Feira com 256 votos favoráveis e 167 oposições.
Trump precisa homologar isso antes da meia-noite de hoje para evitar o terceiro encerramento administrativo em poucas semanas.
Apesar de suas concessões para o muro e na defesa dos Dreamers, os democratas acreditam ter alcançado um aumento de $63 bilhões em relação ao orçamento anterior para programas sociais, como a luta contra opiáceos ou empréstimos estudantis.
As contas de $1.3 trilhão, acordadas entre os republicanos e democratas, estabelecem fundos para o governo até o final de setembro, quando termina o ano fiscal de 2018, embora façam parte de um acordo orçamentário de dois anos entre as duas partes.
Desses $1.3 trilhões, 700 bilhões vai para o Pentágono e 591 bilhões para o resto do governo.