Donald Trump deixou claro para o país e para o mundo que sua luta migratória não só vai construir o muro e deportar o maior número de indocumentados da história mas também acabar com a imigração familiar.
No seu primeiro discurso no estado da união, ocorrido na Terça, 30 de Janeiro, Donald Trump apresentou sua nova estratégia migratória, acabando com o Green Card ou residência permanente para irmãos, pais e tios de imigrantes naturalizados.
A imigração baseado em família tem sido responsável de 60 a 70% de todos os Green Cards emitidos na última década, de acordo com o Instituto de Política de Imigração, um grupo de pesquisas baseado em Washington.
Além disso, ela têm sido por décadas o coração do sistema de imigração dos EUA, onde famílias tem se reunido facilitando assim adaptação rápida e melhor, além da possibilidade de criar comunidades.
Contudo, Trump disse em seu discurso, que somente maridos e menores de idades de imigrantes naturalizados serão permitidos a obter o Green Card, deixando assim o resto da família.
Trump justificou a proposta dele dizendo que essa ação é vital na luta contra o terrorismo e também para garantir que a “família nuclear” não seja criada.
O problema que os analistas dizem é que esta proposta será parte do pacote que o presidente pedirá em troca de salvar os quase 700 mil pessoas da DACA que são indocumentados nos EUA.
O senador Dick Durbin, do estado de Illinois, principal negociador de imigração do Partido Democrata, disse que limitar a reunificação das famílias dividindo-as é incompatível com os valores do país.
Por agora, devemos esperar as próximas semanas pelas negociações do futuro da DACA, onde imigração de famílias terá prioridade na agenda do presidente.