Há quem prefira viajar acompanhado e há quem prefira viajar sozinho, e não queremos decidir para você, qual a melhor opção, queremos apenas, ajudá-lo a decidir, pois nada melhor do que você mesmo para decidir e sentir qual você se adapta, por isso, conversamos com uma intercambista solo e uma intercambista acompanhada, para ressaltar os pontos negativos e os pontos positivos para que você possa decidir o que mais combina com você.
Acompanhada
Conversamos primeiro com a Aline Alcoforado, 21, que viajou à Toronto, Canadá, com seu melhor amigo, para um intercâmbio de férias:
“o ponto positivo de você ir com seu melhor amigo viajar é que você está com uma pessoa conhecida em um país estranho, não são dois medos que você precisa lidar de uma vez, o país estranho e a solidão, só um”.
Para Aline, viajar com seu melhor amigo lhe fora vantajoso porque ela não sentiu “homesick” (saudades de casa), já que estava com uma pessoa que era “de casa” e era como família para ela. Sendo assim, já se conheciam, já sabia de suas manias e defeitos e não precisara aprender a conviver e amar uma pessoa desconhecida, um novo colega de quarto.
“O único ponto negativo é que você pode perceber que vocês não são tão parecidos quanto pensavam ser e que mesmo se forem parecidos, foram criados de maneira diferente e por isso, acreditam em coisas diferentes que só ficam aparentes quando vocês passa 24 horas por dia, durante 7 dias por semana, juntos” diz Aline que é colega de sala de seu colega de intercâmbio.
“Eu nunca tinha ido viajar sozinha, sempre fui com a minha família, então bateu um medo e por isso, decidimos ir juntos, mas depois que você chega lá e faz amizades que começam a fazer parte da sua rotina e você começa a se virar, você começa a perceber que viajar sozinha talvez não assuste tanto assim”.
Sozinha
Conversamos também com Júlia Gonçalves, 20, viajante internacional, que se tornará intercambista em 2018 com uma viagem de seis meses para Austrália:
“Eu quis fazer intercâmbio para além de criar fluência no inglês e adicionar no currículo, me tornar mais independente, viver coisas novas e aprender a me virar sozinha, sair da asa dos meus pais, os quais eu sou muito grudada, e escolhi fazer sozinha para desempenhar a função da independência com mais facilidade e não ter contato direto com brasileiro”.
Segundo Júlia, ela conta que está vivenciando o que a Aline falou, que é o crescente medo de ingressar em um país novo com gente estranha e vivenciar isso, sozinha.
“O lado negativo é ficar longe da família e dos amigos que eu sou muito apegada e significam muito para mim. Vai ser eu e eu, não vai ter mais ninguém comigo ou para me ajudar e isso vai ser difícil”.
Apesar de inúmeras viagens em seu passaporte, Júlia só se tornará uma intercambista no ano que vem e será seu primeiro intercâmbio:
“Em minha opinião, o primeiro intercâmbio tem que ser sozinha sim, se você vai com alguém, você não entra em imersão no país que você está indo porque sempre vai ter um brasileiro com você que vai falar português com você mesmo que sem querer”.
Júlia realizará um intercâmbio de seis meses por motivos financeiros, de acordo com ela, um intercâmbio de férias não compensa financeiramente porque são muitos gastos para um curto período de tempo.
E você? Qual a sua opinião? Você prefere viajar sozinho ou acompanhado?