Saiba porquê o Brasil não possui companhias aéreas de baixo custo

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Quem possui tempo hábil para se programar em viajar com antecedência, além de flexibilidade pode encontrar passagens aéreas nos Estados Unidos à preço de banana, devido os valores cobrados pelas companhias aéreas de baixo custo que operam por aqui.

Mas e no Brasil, porquê não temos?

Falta de concorrência, impostos altos e poucos aeroportos são os fatores mais fortes que impossibilitam essa realidade.

No Brasil, o preço médio das passagens aéreas é o dobro das praticadas na Europa ou nos Estados Unidos. Por exemplo, no ano de 2017, o preço médio da passagem aérea da companhia Ryanair foi de 39 Euros, ou seja, R$ 156 reais (multiplicando por R$ 4), enquanto no Brasil foi de R$ 357, segundo a Anac.

A pouca concorrência, conforme mencionado, também ajuda a elevar os preços das passagens no Brasil, que atualmente possui somente 4 companhias aéreas domésticas: Azul, Avianca, Gol e Latam. Segundo o coordenador do núcleo de logística e infraestrutura da Fundação Dom Cabral, mesmo que houvessem mais companhias aéreas no mercado brasileiro, não significaria redução nos preços, pois as empresas não possuem margem para tal corte, porém, se houvesse maior número, elas seriam incentivadas à buscarem mais eficiência e melhor gestão, e por consequência viria a redução no custo.

Quanto mais livre a concorrência, mais aberto o caminho para a atuação de uma empresa de baixo-custo”, disse o professor. “Os mercados que mais favorecem o consumidor no mundo inteiro são mercados abertos ou subsidiados. O governo brasileiro não tem mais condições de subsidiar nada, e nosso mercado de aviação civil é extremamente fechado, um dos últimos a não permitir a entrada de capital estrangeiro.”

Aeroportos regionais são os pilares para baratear os custos, devido à menos custos cobrados pela utilização; e no Brasil, e difícil encontrar esse tipo de aeroporto. O estado de São Paulo é atendido por Congonhas e Cumbica, além de Viracopos em Campinas.

As longas distâncias também são um obstáculo no Brasil, pois os custos operacionais estão ligados diretamentes à distância viajada. Para a companhia aérea, é melhor operarem 6 vôos de 1 hora e 30 minutos, do que 3 vôos de 3 horas.

Os impostos e regulamentações no Brasil, com certeza lidera o ranking de reclamações das aéreas. A carga tributária pesa nos encargos trabalhistas, e principalmente no querosene de aviação, e esse, por sua vez, representa 30% do valor do vôo, sem contar que em alguns estados o ICMS chega à casa dos 30%, totalizando 60% do vôo. O ICMS é definido e diferente nos estados Brasileiros, e atualmente a cobranca máxima permitida sobre o querosene é de 25%.

Esses são os principais motivos na qual o Brasil não permite empresas de baixo custo operarem, e torçamos para que a carga tributária seja repensada pelo governo Brasileiro.

 

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